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Lá fora caiu neve, qual eterna magia, mas esfumou-se, ao contrário do frio. A intensidade não foi muita, é certo, mas foi a suficiente para, por momentos, me desconfinar, sentir a linguagem do silêncio, pejada duma enorme tranquilidade, enquanto observava as árvores. Foi bom, mas breve. Talvez seja melhor assim, até porque um dos limoeiros novos, plantado com todo o carinho, parece ter ficado em risco.
Entretanto o frio continua, solicitando contínuo aquecimento, em simultâneo com a desfaçatez dum candidato presidencial que, de olho vivo, tudo aproveita para soprar ao ouvido os incómodos óbvios da vida, escolhidos a dedo, qual diabrete irreverente que tudo faz para dar nas vistas, enquanto se ri a bandeiras despregadas com a angústia das vítimas, incapazes de perceber a armadilha dum pretenso abraço envenenado. E, quanto maior o sorriso, maior a desgraça. Ah, pobre Portugal!
Lá fora, aparentemente indiferente a tudo, o cão teima em reivindicar companhia para as suas brincadeiras. Sem se aperceber, e sempre fiel à sua simplicidade de ver as coisas, acaba sempre por desencantar sorrisos nos reivindicados. Valha-nos isso.
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Eu faço eco das suas palavras "Ah, pobre Portugal!" e de seguida, recolho-me ao calor emprestado pelo aquecedor, ali ao lado.
ResponderEliminarBoa noite, sô AC
Ainda bem que encontramos, fora da política desprezível (o que vejo por aqui), a natureza e ocorrências simples, capazes de nos distrair o olhar. Abraço.
ResponderEliminarAdoro ver nevar. Não gosto do gelo no vidro do carro de manhã, lol
ResponderEliminar.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Abraço
Li o texto, pensando que a política é como um cesto de maçãs. Há sempre algumas podres.
ResponderEliminarAbraço e saúde.
Ontem, vendo notícias sobre a nevasca na Espanha, pensei: estará acontecendo algo parecido em Portugal, a despeito da quase onipresença do Atlântico? Este post trouxe a resposta. Trate de apreciar o frio. Por aqui está um calor terrível.
ResponderEliminarUma nova tentativa de conter esta maldita pandemia.
ResponderEliminarAté haver a chamada imunidade de grupo vai ser muito assim.
Aquele abraço
Que bom, ainda se conseguirem descortinar pequenos momentos, no nosso quotidiano, que nos devolvem algum sentido de normalidade... nestes tempos de pura insanidade...
ResponderEliminarAinda faltam 46 horas, para Trump devolver os códigos... Acho que só depois o mundo respirará MESMO de alívio... mesmo com máscara... ou duas... começo a pensar em fazer o mesmo que Biden, em certos ambientes!... Duas mascaras, sempre é mais seguro que uma!... Pelo menos nas semanas mais próximas... em que a "coisa" estará bem agreste, por cá...
Um grande abraço!
Ana
A natureza, as coisas simples da vida, sempre nos dão aquilo que não encontramos na "realidade".
ResponderEliminarBeijinho
Aqui na minha zona é a geada que pinta tudo de branco, nem o meu gato zé quer pôr o nariz fora de casa com tanto frio.
ResponderEliminarE nos entretantos.... Pobre Portugal, mesmo....