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Hoje, com todos os cuidados, houve visita do Miguel. Foi o suficiente para agitar a casa, em tons festivos, dando cor e substância a todos os recantos, com encantos e alguns cantos. Até eu cantei, entre múltiplas manifestações, aparentemente estranhas, que os adultos costumam adoptar com os bebés. Parecemos uns totós, mas sabe bem. 😊
A reboque também veio o Whisky, o cão arraçado de boxer, campeão de mimos e simpatias que insiste, numa manifestação muito própria, em querer brincar com um pau. De vez em quando, qual ambiente perfeitamente equilibrado, alguém lhe faz a vontade, em modo quanto baste. É claro que, com a sua presença, nunca mais ninguém viu o gato que teima em não sair daqui. Deve estar num observatório privilegiado, a ver como param as modas, à espera da melhor oportunidade para retomar o espaço que já sente seu.
O Miguel, desta vez, não fica muito tempo, pois os pais têm que viajar para o Porto, por motivos profissionais, e não dispensam a sua presença. Enquanto puderem, e não depende só deles, querem ser pais a tempo inteiro, revezando-se no apoio, tentando conciliar o tele-trabalho de um com o trabalho presencial do outro. Por lá ficarão três dias, os necessários para dar vazão a um protocolo experimental, já bastante adiantado, com uma empresa do norte, ligada à investigação, e depois regressam à base. No fundo, e apesar das ausências, sinto-me grato por sentir, na prática deles, que é possível usufruir da qualidade de vida do interior e, em simultâneo, corresponder às exigências do mundo actual. Assim eles o queiram, assim as circunstâncias o permitam.
Aceno na despedida e, num modo muito íntimo, embora, de certa forma, egoísta, sinto que tenho tanto para lhe dizer, assim ele queira ouvir, acerca de equilíbrios, de olhares, de viagens, de afectos, da Natureza...! Ah, Miguel, meu amor, meu querido neto!
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Imagino como foi doce essa agitação. :)
ResponderEliminarQue coisa boa e vale essa baguncinha das boas,com direito ao cachorro também...Muito bom! abraços, chica
ResponderEliminarDe tudo o que de belo escreveste, e foi tanto, retive isto:"Ah, Miguel, meu amor, meu querido neto!". Tão lindo isto.
ResponderEliminarÉ verdade, AC...estes nossos pequenos/grandes amores, tocam tanto a nossa alma, que nos fazem parecer uns totós. 😊
Beijinho, AC! :)
Acho que consigo entender. Passei a tarde de ontem com uma pequena sobrinha. Tem um ano e meio e é (quase) só sorrisos. Os pequenos acabam por fazer toda a diferença nesse mundo de preocupações em que estamos.
ResponderEliminarO amor de um avô fica para sempre.
ResponderEliminarComo eu sei isso!
Aquele abraço, boa semana
Que terno o final de sua crônica diária! Família, trabalho, amor... tudo que nos pode trazer felicidade, independente das interrogações e do que não de diz. O gato logo volta rss. Abraço.
ResponderEliminarIndiscritível como nos sentimos como avós:) Adorei este teu texto e é isso amigo basta uns pequenos momentos para nos encher a alma.
ResponderEliminarAmanhã serei eu por breves instantes e com todas as cautelas irei matar saudades das netas já matulonas, Os outros dois já não estou com eles desde Setembro mas vão fazendo video-chamadas.
O futuro é deles amigo e dá tudo de ti enquanto puderes:)))
Beijos e um bom dia
Um neto. E a alegria veio com ele e com os pais. Claro que o gato escapou-se para ver o que ia passar-se. Mas acredito nessa alegria simples que só as crianças podem transmitir. O seu texto dá conta disso devido à serenidade que usou na sua escrita.
ResponderEliminarUma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
a vida é assim! sempre encontra um jeito de trazer o seu maior dom....de encantar e de se fazer amar.
ResponderEliminarUm abraço
Que maravilha AC, um bebé é uma bênção e uma alegria imensa no meio de toda esta tristeza. Beijinho
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