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Margarida Cepêda, Refúgio II
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Olhava em volta, inquieta, respirando a alteração das ondas. Mas só quando sentiu um arrepio, com a roupa molhada colada ao corpo, é que percebeu que tinha que se resguardar.
Na velha casa de cores desbotadas, um velho búzio, para a acalmar, entoou-lhe uma canção milenar. Depois, de mansinho, murmurou-lhe ao ouvido que nunca é bom abraçar as tempestades.
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Hmmm, há uma tempestade agora mesmo sobre Brasília, com raios espetaculares.
ResponderEliminarBela prosa poética!
ResponderEliminarBeijinho, AC :)
Por vezes não se consegue evitar abraçar as tempestades, talvez porque sejam elas que nos abraçam, e nos impedem a fuga.
ResponderEliminarBoa noite, sô AC
Neste cantinho depauperado plantado à beira-mar, cada vez há mais incautos dispostos a abraçar as tempestades. Fazem falta búzios para sussurrar aos ouvidos, os avisos de bom senso.
ResponderEliminarBeijinhos, AC.
Deixe-me brincar um bocado e voltar aos tempos de juventude.
ResponderEliminarFui à praia
Encontrei um búzio.
Cheguei a casa
E em cima da mesa púzio :)))
Aquele abraço
Lindo...lindo...
ResponderEliminarE por esta altura estamos todos numa "tempestade" há muitos meses,,,,
ResponderEliminarIsabel Sá
Brilhos da Moda
Hoje fiquei sem palavras porque este capítulo bateu fundo logo hoje que tantas memórias me toldaram o coração. Mas já passa!!!!
ResponderEliminarBeijos meu amigo
Um belíssimo texto.
ResponderEliminarAbraço e saúde