segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

DIÁRIO - 13

.
Margarida Cepêda, Refúgio II
.
.
Olhava em volta, inquieta, respirando a alteração das ondas. Mas só quando sentiu um arrepio, com a roupa molhada colada ao corpo, é que percebeu que tinha que se resguardar. 
Na velha casa de cores desbotadas, um velho búzio, para a acalmar, entoou-lhe uma canção milenar. Depois, de mansinho, murmurou-lhe ao ouvido que nunca é bom abraçar as tempestades.
.
.

9 comentários:

  1. Hmmm, há uma tempestade agora mesmo sobre Brasília, com raios espetaculares.

    ResponderEliminar
  2. Por vezes não se consegue evitar abraçar as tempestades, talvez porque sejam elas que nos abraçam, e nos impedem a fuga.

    Boa noite, sô AC

    ResponderEliminar
  3. Neste cantinho depauperado plantado à beira-mar, cada vez há mais incautos dispostos a abraçar as tempestades. Fazem falta búzios para sussurrar aos ouvidos, os avisos de bom senso.

    Beijinhos, AC.

    ResponderEliminar
  4. Deixe-me brincar um bocado e voltar aos tempos de juventude.
    Fui à praia
    Encontrei um búzio.
    Cheguei a casa
    E em cima da mesa púzio :)))
    Aquele abraço

    ResponderEliminar
  5. E por esta altura estamos todos numa "tempestade" há muitos meses,,,,

    Isabel Sá  
    Brilhos da Moda

    ResponderEliminar
  6. Hoje fiquei sem palavras porque este capítulo bateu fundo logo hoje que tantas memórias me toldaram o coração. Mas já passa!!!!

    Beijos meu amigo

    ResponderEliminar